Sem comentários

Na segunda FLISPA (Feira de Literatura de São Pedro da Aldeia) participei como escritor na antologia “A Aldeia de Pedro” e com exposição das minhas pinturas, uma das quais foi usada como capa do livro. No penúltimo dia, Renato Fulgoni, o organizador do evento, me pediu para realizar uma oficina de pintura para alunos do 5º ano do ensino fundamental. Elaborei um trabalho para apresentar a educandos com cerca de 10 anos, mas ao chegar, encontrei crianças muito pequenas! Depois de me certificar que não estava na casa da Branca de Neve, vi que meu amigo se equivocou na série da criançada. Abandonei meu projeto e resolvi montar a “Roda das Cores” a partir das cores primárias. As crianças amaram, achando que foi um “show de mágica“.

A MÁGICA SEM VARINHA

Cores Primárias (Corfix Arts)

As educadoras perguntaram muito, o que me levou a demonstrar também como escurecer ou clarear uma cor e como gerar o preto. Vi então a necessidade de aprofundar o “show de mágica” para outro tipo de público. Os ingredientes são três tintas acrílicas da Corfix (linha Arts): Amarelo primário (168), Azul primário (135) e Magenta primário (179). Misturando essas cores podemos produzir as demais, inclusive o preto. Para clarear a maioria das cores, usamos “Branco de Titânio“. Em vez de varinha mágica, somente um pincel é necessário.

CORES PRIMÁRIAS

Cores primárias CMY(2)

Cores primárias são aquelas que não podem ser produzidas pela mistura de outras cores. Ao serem misturadas, geram todas as outras.

1) Azul primário (Ciano).
2) Amarelo primário.
3) Magenta.

Antigamente o “vermelho” era considerado cor primária. Com o desenvolvimento da química, outros pigmentos foram descobertos proporcionando novos experimentos na área da pintura. Os pintores do “Movimento Impressionista“, ocorrido no final do século XIX, colaboraram muito para substituir o “vermelho” pelo “magenta” – que é da mesma família do primeiro. A cor “vermelha” pode ser gerada pela mistura do “magenta” com o “amarelo”, o que o coloca como cor secundária, segundo a própria definição. Esses artistas passaram a pintar ao ar livre, registrando impressões do que viam e priorizando a luz e as cores em vez do desenho, mais valorizado pelo “Movimento Renascentista“. Ao misturar tintas, estamos tratando de mistura de pigmentos, o que é definido como “Mistura Subtrativa”. Esse assunto foi tratado no artigo “Cores – como percebemos” e no seu antecessor, intitulado “O mundo mágico das cores“, ambos publicados nesse espaço.

CORES SECUNDÁRIAS

Cores secundárias CMY(2)

Cores secundárias são compostas pela mistura de duas cores primárias:

4) Ciano + Amarelo = Verde.
5) Amarelo + Magenta = Vermelho.
6) Ciano + Magenta = Azul.

Como constatamos no exemplo, podemos obter o vermelho pela mistura do amarelo com o magenta. Com isso deduzimos que se trata de cor secundária e não primária como se pensava antigamente, já que que cor primária não pode ser obtida por mistura.

CORES TERCIÁRIAS

Roda de Cores CMY(2)

Cores terciárias são formadas pela mistura de uma cor secundária com uma cor primária:

7) Verde esmeralda ou outra variante do verde (depende da proporção).
8) Verde limão.
9) Laranja.
10) Vermelhão ou outra variante do vermelho (depende da proporção).
11) Violeta ou Carmim (depende da proporção).
12) Azul Ultramar ou outra variante do azul (depende da proporção).


Não devemos nos prender aos nomes das cores, pois os próprios fabricantes adotam nomes diferentes para a mesma cor de linhas diversas.

CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS

Continuaremos esse artigo nas próximas edições, quando trataremos dos assuntos seguintes:

1) Como clarear uma cor.
2) Como escurecer uma cor.
3) Como fazer o preto usando as cores primárias.
4) Como substituir uma cor na falta da ideal.
5) Paleta de cores otimizada para pintura em tela._

Compartilhe com seus amigos

Sobre o autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *