Sem comentários

Após estudarmos sobre a importância de um website no artigo “Arte na Internet: Além das Redes Sociais”, onde analisamos os pontos positivos e negativos das redes sociais, vimos também como registrar seu próprio domínio na Internet no artigo “Arte na Internet: O Domínio do Artista”. O domínio será a sua identidade na grande rede mundial, mas somente isso não basta — chegou a hora de criar as páginas para divulgar e vender suas obras de arte. Esse passo costuma assustar a classe dos artistas, por norma, desconhecedores das linguagens de programação. Mas, calma! Isso pode ser mais fácil do que você imagina. Veremos agora algumas possibilidades.

Cuidados ao contratar o provedor de hospedagem

Seu website precisará ficar hospedado em um provedor de hospedagem. Pense nesse local como se fosse seu computador, onde você, pode criar pastas, armazenar, alterar e excluir arquivos. Caso um convidado usar sua máquina, somente terá privilégio de leitura, isto é, se você permitir. Você poderá até ocultar determinados arquivos ou pastas para uns e compartilhar com outras pessoas. O provedor de Internet funciona semelhantemente ao seu computador, mas com uma grande diferença: ele está num local muito distante de onde você está acessando. Pode até mesmo estar localizado em outro país. O dono do site não tem a necessidade de saber o local físico da hospedagem. Precisará somente ter seus arquivos disponíveis 24 horas por dia. A garantia para isso acontecer é trabalho do provedor de hospedagem. Mas os serviços dessa empresa não se limitam a hospedar os arquivos: cabe a ela manter todos os protocolos funcionando, realizar cópias de segurança e fornecer serviços complementares para garantir o completo funcionamento do seu portal. Há diversas empresas na Internet que oferecem hospedagem de websites, mas devemos tomar alguns cuidados com facilidades exageradas. Como dizem diz a cultura popular; “quando a esmola é muito grande, até o santo desconfia”.

Fuja do SaaS na hora de hospedar

O serviço de hospedagem SaaS (Software as a Service) é uma forma de usar um software pela internet, sem precisar instalá-lo no seu computador. Imagine que, em vez de comprar um DVD com um filme, você assina um serviço de streaming como a Netflix. Você paga uma mensalidade (ou por uso) e acessa o catálogo online, sem se preocupar em guardar os filmes ou atualizar o seu aparelho de DVD.

No mundo da tecnologia, o SaaS funciona da mesma forma. Você acessa um programa (como um e-mail, uma ferramenta de gestão financeira ou um editor de texto) diretamente do seu navegador ou de um aplicativo, com todos os seus dados e arquivos guardados na nuvem (ou seja, em servidores remotos). A empresa que fornece o serviço é responsável por manter o software funcionando, fazer as atualizações e garantir a segurança. Você só precisa de uma conexão com a internet para usá-lo.

O SaaS para serviços como o Google Workspace e o Microsoft 365, que oferecem editor de texto, editor de planilhas, editor de apresentações e outros, funciona maravilhosamente. Mas quando os serviços incluem construtores automatizados de páginas web e hospedagem, as facilidades iniciais podem não ser tão interessantes. Os problemas começam a aparecer quando queremos mudar de provedor. Embora o contrato assinado no início da hospedagem garanta que o proprietário do website é o dono dos dados, as formatações são armazenadas pelos construtores de página. Ao transferir, mesmo que o provedor forneça tudo (o que é raro), ao tentar instalar as mesmas páginas noutro provedor, a formatação será perdida. Portanto, o que inicialmente era uma facilidade tentadora, pode se transformar numa grande “dor de cabeça”. Não são raras a vezes em que temos que reconstruir tudo, desde o início.

Para evitar problemas legais, não citarei nenhum provedor que utiliza essa modalidade de hospedagem. Caso algum leitor tenha dúvidas entre em contato comigo em https://www.paulojorge.art.br/atalhos. Lá estão todos os meus contatos e redes sociais.

Grátis, mas nem tanto…

Alguns provedores oferecem “domínio grátis”, o que parece ser um bom negócio e atrai muitos clientes, todavia a história não é bem essa. Como vimos nos artigos anteriores, o domínio funciona como a identidade da empresa na Internet. O portal “registro.br” (https://registro.br) é o responsável por registrar e manter os domínios brasileiros, terminados com “.br”. Tudo está explicado detalhadamente em “Arte na Internet: O Domínio do Artista”.
Ao acessar o “registro.br”, o titular do domínio terá que fazer um cadastro, informando seu nome, dados pessoais e E-Mail. O artifício utilizado por vários provedores que oferecem “domínio grátis” consiste em fornecer seus próprios contatos em vez dos contatos do titular. Isso impede que o usuário mude de provedor sem perder seu domínio, pois ao mudar, terá que apontar para o endereço da nova hospedagem. O gestor do domínio (“registro.br” ou outro qualquer se for fora do Brasil) enviará um E-Mail de confirmação para o titular antes de qualquer modificação. Aí está o “pulo do gato”: A mensagem de confirmação nunca chegará ao real proprietário do domínio, mas sim, para o antigo provedor de hospedagem. Assim, o domínio nunca será alterado. Na pática, caso mude de provedor, perderá o domínio que identifica sua empresa.

Serviços adicionais

Verifique se o provedor oferecerá serviços de “E-Mail” e “bancos de dados”, além das páginas estáticas. Atualmente os websites interagem com os usuários e isso consome recursos do provedor, por isso, alguns poucos provedores não oferecem esses recursos, ou oferecem com muitas restrições. Antes de contratar, verifique se o provedor disponibiliza ferramentas de “Backup”, gerenciamento de banco de dados e FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos). Uma boa medida de segurança é procurar a opinião dos usuários da empresa que deseja contratar — cautela nunca é demais.

CMS, o modo rápido, fácil e seguro de construir seu Website

Um CMS (Content Management System), ou Sistema de Gestão de Conteúdo, é uma ferramenta que permite a qualquer pessoa criar, editar, organizar e publicar conteúdo em um site ou blog sem precisar programar. Pense nele como um editor de texto online, mas feito para websites.

Em vez de você ter que escrever linhas de código complicadas para cada página, o CMS te dá um painel de controle simples, com botões, menus e um editor visual. Você consegue, por exemplo, escrever um post, adicionar imagens, vídeos e formatar o texto como se estivesse usando um programa como o Word.

Como funciona um CMS

  1. Acesso ao painel: você acessa uma área de administração do seu site (o painel do CMS) usando um login e senha.
  2. Criação de conteúdo: no painel, você usa um editor visual para escrever textos, inserir fotos, criar páginas e estruturar o conteúdo do site.
  3. Temas e personalização: para mudar a aparência do site, você escolhe um “tema” ou “template” pronto. É como escolher um modelo de design que já vem com as cores, fontes e layouts definidos.
  4. Plugins e funcionalidades: para adicionar recursos extras, como uma loja virtual ou um formulário de contato, você instala “plugins” ou “módulos”. Eles são pequenos programas que se integram ao CMS e adicionam novas funcionalidades.
  5. Publicação: Após criar e revisar o conteúdo, basta clicar em “Publicar” e ele aparecerá no seu site, pronto para ser acessado por qualquer pessoa.

Exemplos de CMS

  1. WordPress: É o CMS mais popular do mundo. Muito versátil, é usado tanto para blogs simples quanto para sites complexos e lojas virtuais.
  2. Joomla!: um CMS mais robusto, usado para sites com funcionalidades mais avançadas.
  3. Drupal: Conhecido por ser extremamente seguro e flexível, é muito utilizado por grandes empresas e governos.

Artista Plástico Entende de TI?

Alguns amigos sabem que tenho formação em TI. Quem leu minha biografia (https://www.paulojorge.art.br/paulo-jorge-biografia), certamente conhece minha história, que vou aqui resumir: nasci num bairro do interior de São Pedro da Aldeia–RJ. Originário de família pobre, não dispunha de recursos para comprar brinquedos. Meu divertimento era desenhar animais com os quais convivia. Estudei desenho com um senhor da região, o que serviu de base para roteirizar, elaborar a arte e produzir revistas em quadrinhos (sempre gostei dos quadrinhos — presentes de um tio da cidade). Quando fui estudar na cidade, já desenhava e pintava razoavelmente. Na escola, trabalhavam dois professores que também eram artistas — eles me ajudaram a desenvolver a técnica de pintura em tela. Quando mudei para Cabo Frio, fui acolhido pela dona de um renomado educandário e ela investiu na minha técnica. Desenvolvi muitos trabalhos naquela escola. Mais tarde, trabalhei na rádio Cabo Frio. Lá tive a oportunidade de conhecer e aprender com pintores que visitavam a Região dos Lagos e com artistas locais, como José de Dome, Torres do Cabo e Carlos Scliar. Pintei até os 22 anos, quando então viajei para o Rio de Janeiro para cursar faculdade e tive que abandonar a arte. Após algumas tentativas, e como já era aficionado por eletrônica, optei pelo “Curso Superior em Tecnologia da Informação”, com especialização em “Análise de Sistemas”. Fui empresário na área e informatizei diversas empresas. Retornei para minha região de origem em 1999. Por influência da minha esposa, voltei a pintar. Fiz vários cursos de aprimoramento em pintura e participei de exposições individuais e coletivas. Atualmente escrevo artigos para uma revista local e estou cursando “pós-graduação em Artes Visuais”.

Nunca abandonei a informática. Desenvolvo e hospedo websites meus e de clientes. Sempre que posso, contribuo com a comunidade de desenvolvedores, pois sou um entusiasta do software livre.

Observando as dificuldades de alguns colegas ao lidar com tecnologia, pensei: por que não ajudar? Meu conhecimento nessa área pode ser útil para alguém. Embora meu tempo seja escasso, estou disposto a orientar colegas com dúvidas, pois já vi alguns que caíram em armadilhas de profissionais desonestos.

Meus contatos: https://www.paulojorge.art.br/atalhos

Categorias: Tecnologia Artigos

Sobre o autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *