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Uma boa ferramenta é metade do trabalho garantido, já diziam os antigos. Um bom cavalete é auxiliar de muito valor na pintura, pois facilita o trabalho do artista, proporcionando posição confortável e estabilidade para o suporte utilizado. Mas qual cavalete comprar se há muitos modelos em oferta nas lojas especializadas?

Cavaletes para estúdio

Meus cavaletes

Quando o cavalete será instalado em local definitivo, os artistas preferem os maiores, mais pesados e mais estáveis. Do mesmo modo que um bom calçado promove estabilidade a seu usuário, a base de apoio do cavalete é muito importante para tornar o conjunto firme, minimizando as oscilações da tela ao ataque das pinceladas. Sob este aspecto, os melhores são os que se apoiam pelo menos em quatro pontos, mas são mais caros do que os de tripé.

a) Cavaletes de tripé

São mais leves e baratos, adequados para estudantes, que na maioria das vezes começaram a pintar sem este equipamento ou em cavaletes de mesa, pois promovem conforto que nunca experimentaram antes. Contudo, com o tempo o artista vai notando que precisa de cavalete melhor. A pouca estabilidade começa a incomodar, gerando cansaço com a continuidade do trabalho. Mas há alguns cavaletes de tripé que são de boa qualidade. Ao adquirir um, leve em consideração o tamanho da tela que suporta, as regulagens de altura e os níveis de inclinação que permite. Alguns possuem um nicho para abrigar os pincéis; outros somente uma pequena prateleira removível, que mais se assemelha a uma régua. São muito adequados para quem não dispõe de muito espaço, já que podem ser fechados e guardados facilmente.

b) Cavaletes com quatro pés

São mais estáveis do que os de tripé, promovendo mais conforto para trabalhos longos. São equipados com nichos ou gavetas para os pincéis e utensílios. As regulagens de altura e inclinação são mais aprimoradas, podendo abrigar telas maiores. Podem possuir rodízios para facilitar a movimentação no estúdio. Os mais caros têm regulagens mais precisas por meio de manivelas ou alavancas, onde a altura pode ser regulada por um único controle.

O bom cavalete toma pouco tempo do artista nos ajustes, passando quase despercebido para ele, deixando mais tempo para o processo criativo.

Cavaletes de mesa

São menores e como o nome indica, são confeccionados para serem apoiados sobre mesas ou bancadas. Suas dimensões reduzidas impedem o uso de telas muito grandes, mas são eficientes para a maioria dos trabalhos. Com cuidados especiais, podem ser usados para pinturas externas, embora haja cavaletes específicos para essa modalidade

a) Cavaletes simples

São como miniaturas dos cavaletes de estúdio, sendo mais comum o de tripé. Podem ainda ser de outro formato, com outro tipo de apoio.

Ao adquirir um cavalete com essas características, deve-se levar em conta que são extremamente leves e instáveis, mas têm como ponto alto a portabilidade.

b) Cavaletes tipo estojo

Assemelham-se a maletas, onde são guardadas a paleta, pincéis, tintas e utensílios. Possuem alça para transporte ou correias para serem usados como mochilas. O suporte para a tela é retrátil e geralmente posicionado no lado externo.

Cavaletes de campo

São adequados para pinturas ao ar livre, sendo muito utilizados por pintores paisagistas. Como são mais leves e retráteis, o transporte é muito facilitado. Os de madeira são mais comuns, mas são fabricados também em alumínio e outros metais.

a) Cavaletes de madeira

São extremamente leves e podem ser transportados facilmente quando retraídos. Em locais com muito vento, devem ser ancorados ao solo ou terem seu peso aumentado por meio de lastros. Garrafas PET com água são muito utilizadas para esta finalidade.

b) Cavaletes de madeira com caixa

Semelhantes ao primeiro, mas com caixa acoplada à estrutura, permitindo o acondicionamento dos utensílios de pintura, como ocorre com os “Cavaletes tipo estojo”.

c) Cavaletes de metal

Semelhantes ao “Cavalete de madeira”, com a vantagem de ser ainda mais leve e fácil de transportar. Contudo, essa característica pode ser uma desvantagem na hora de pintar – são mais vulneráveis ao vento e instáveis nas pinceladas mais enfáticas. São construídos em alumínio e outros metais.

Na hora de comprar

Além dos tipos citados, que são mais comuns, há outros modelos: cavalete fixo e cavalete com assento. Enquanto o primeiro é encontrado em alguns estúdios onde são ministradas aulas de pintura, o segundo é móvel e pode ser usado para pintar ao ar livre. Na hora de comprar escolha o cavalete que lhe atenda e não o coloque nocauteado ao pagar. Leve em consideração o local onde ficará instalado. Se for permanente, pode ser um maior, mas se tiver que desmontá-lo após o trabalho, prefira cavaletes articulados, que ocupem pouco espaço. Caso pinte também ao ar livre, considere a aquisição de um segundo cavalete para essa finalidade. Muitos artistas desejam um modelo mais sofisticado, mas o preço é alto. Embora eu tenha um excelente cavalete de estúdio, construído pelo meu amigo e artista Carlos Alberto Fouraux, meu sonho de consumo é o TRIDENT 12325 super luxo Santa fé, cujo preço me assusta. Por falar nisso, os cavaletes desse fabricante são de excelente qualidade, construídos com madeira certificada e exportados para vários países. Deixo a seguir o endereço de dois fabricantes brasileiros:


Paulo Jorge pintando ao ar livre – Orla Scliar, Cabo Frio – RJ

Referências

https://www.youtube.com/watch?v=43Uc1rhf4Sw

https://www.youtube.com/watch?v=8V3CdOVw-Bs

https://www.youtube.com/watch?v=EjjpoeqKO4k

https://www.youtube.com/c/FrutodeArteMateriaisArt%C3%ADsticos/search?query=cavaletes

https://www.amopintar.com/tipos-de-cavaletes/

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