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Paulo_Jorge_imprimindo_certificado_de_autenticidade

Gostei muito dessa obra. Tem certificado de autenticidade? Foi após um questionamento assim que passei a certificar minhas obras. Pesquisando sobre o assunto descobri que museus e galerias de renome exigem os tais certificados em exposições que organizam.

O que é um certificado de autenticidade?

Certificado de autenticidade é uma declaração emitida pelo autor de uma obra de arte, contendo dados pessoais do artista, dados técnicos da obra, foto e cuidados especiais. A assinatura do artista só tem valor se autenticada por um cartório ou outro meio de certificação oficial. Seguem os dados que utilizo nos meus certificados, mas somente como sugestão. Cada um pode personalizar como desejar.

1) Dados do artista:

  • Nome.
  • CPF.
  • Residência (cidade e estado).

2) Dados da obra:

  • Título da obra.
  • Ano de produção.
  • Dimensões.
  • Técnica utilizada.
  • Acabamento.
  • Edição (Exemplo: única, ou o número da edição, caso haja mais de uma cópia feita pelo mesmo autor, o que é muito comum em fotografias).
  • Costumo inserir um “QR Code” (Quick Response Code) apontando para a página com mais informações sobre a obra. Além de transmitir segurança para o adquirente, é uma maneira de divulgar o trabalho.

3) Cuidados especiais (sugestões):

  • Evitar iluminação solar direta.
  • Verificar se o suporte onde a obra será pendurada oferece resistência suficiente ao peso.
  • Evitar manipulações desnecessárias.
  • Ao limpar, utilize tecido macio umedecido exclusivamente com água. Friccione levemente.

Como editar o certificado de autenticidade

Como já informei em artigos anteriores, sou formado na área de informática e defensor do software livre. Isso por dois motivos: o primeiro é a falta de recursos financeiros para adquirir um bom programa de edição; o segundo é que sou radicalmente contra o uso de “programas piratas”. A pirataria de software é algo abominável e prejudica sobremaneira àquele que utiliza produtos registrados, pois quem não paga pelos programas pode vender mais barato o que produz, cometendo crime. Felizmente há alternativas gratuitas disponíveis, como a suíte de softwares de escritório “Libre Office” concorrente do caríssimo “Microsoft Office“. As desculpas para não utilizar a solução grátis são as mais variadas possíveis: “Estou acostumado com o Word e Excel” ou “os botões e menus do Libre Office são em posições diferentes” e por aí vai… Garanto que é tão bom quanto a solução paga!
O programa da suíte que utilizaremos para elaborar o certificado é o “Libre Office Draw” – um excelente editor vetorial. A página será configurada no tamanho “A4” com orientação “paisagem“, formato bastante comum para certificados. Para facilitar a vida dos colegas com menos experiência em edição eletrônica, vou deixar um modelo com todas as configurações que utilizo no meu site. Acesse o endereço seguinte e veja o final do artigo: https://www.paulojorge.art.br/certificado-de-autenticidade/.


Uma boa impressão

Se o cliente adquiriu uma obra de arte sua, não seria justo levar uma simples folha de papel A4 como certificado de autenticidade. O papel utilizado para imprimir deve ter a qualidade fotográfica, o que pode ser conseguido de duas maneiras:

1) Impressão Fine Art

Você pode contratar o serviço de impressão num local que imprima “Fine Art”. Eles imprimem, e geralmente comercializam, obras de arte com altíssima qualidade de impressão onde são observadas a fidelidade das cores, a qualidade da tinta e a durabilidade do produto. As impressoras utilizadas são caríssimas e a compra somente se justifica caso o artista tenha alta demanda e deseje entrar nesse mercado. Felizmente há vários serviços dessa natureza, presenciais – nas grandes cidades – ou via Internet, onde podemos enviar a arte final e receber a impressão.

2) Impressão em papel fotográfico

spiral_papel_glossy_a4_270

Podemos também imprimir em papel fotográfico de boa qualidade, utilizando uma impressora de uso doméstico capaz de imprimir fotografias com boa resolução e fidelidade de cores. Eu utilizo a impressora “Epson L3150” com papel fotográfico “ultra premium” da marca spiral “papel fotográfico glossy” (ultra brilhante com excelente qualidade de impressão), no formato A4 e gramatura 270. Costumo obter ótimos resultados.

Observe que a impressão deve ser no lado mais brilhante do papel, capaz de absorver a tinta e apresentar qualidade fotográfica. No lado sem brilho a tinta não secará.

A impressão doméstica não tem a qualidade da “Fine Art“, mas com impressora, tinta e papel de boa qualidade, o resultado é bom. O maior problema é a falta de resistência à água, o que pode ser superado se o papel for impermeabilizado após a impressão. Isso pode ser feito com verniz ou plastificação e deve ser informado ao cliente.

Reconhecimento de firma

Para provar a autenticidade do documento, a assinatura do artista deve ser reconhecida por um cartório, que é o método mais tradicional, ou por meio eletrônico. No cartório o artista deve registrar sua firma (assinatura), onde ele ou o cliente levará o certificado de autenticidade para que a rubrica seja reconhecida por semelhança. Por esse motivo o documento deverá conter o CPF do artista, já que esse é o meio de indexação adotado pelos serviços cartoriais.

Terei sempre que ir ao cartório para reconhecer minha firma? – perguntarão. A resposta é não. Seu cliente pode fazer isso, mas entregar o documento autenticado tem outro peso. Pode ainda utilizar uma assinatura eletrônica reconhecida oficialmente. Esse assunto será abordado no próximo artigo, quando publicarei o procedimento passo a passo para reconhecer sua firma eletronicamente e sem custo.

Obra utilizada

CABANA DO PESCADOR - AST 40x60 (Paulo Jorge)

CABANA DO PESCADOR – Acrílica sobre tela – 40×60 (Paulo Jorge)

Brinde para os artistas

Referências

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Categorias: Mercado de arte Artigos

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